sexta-feira, 28 de junho de 2013


Eram duas e meia da manhã e eu dizia que valia a pena. Era dia vinte e um de um mês qualquer e cada um a minha volta soltava seu sermão, queriam que eu fosse feliz, e eu dizia que valia a pena. Eram as lágrimas que rolavam quando eu tomava o último gole de uma mistura com álcool enquanto eu insistia em dizer que valia a pena. Foram orações de todos os modos, eu pedia para que isso tudo acabasse de um jeito ou de outro, mesmo assim no fundo, eu insista que isso tudo valia a pena. Uma ressaca maldita que arruinava minha insônia, a falta de apetite, uma possível queda na escada, e eu dizia, insistia, persistia que você valia a pena. Porém em meio ao devaneio fiquei me perguntando se você realmente valia tudo isso. Eu não sei. Eu não sei se você vale uma vida inteira. Não sei se o que sinto é digno de uma morte minha, mesmo que apenas literária. Simplesmente não sei. Eu só sussurrava para o enorme caos dentro de mim que você não valia a pena. Mas ele não escutava porque gritava, era o teu nome que ele chamava.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Quando chegará nossa felicidade?

Coloquei os fones de ouvido, mas deixei de escutar a música. Meu sorriso estava firme no rosto até o coração parar tempo o suficiente para me lembrar de que eu ainda te pertencia. Esqueci o prato cheio na mesa porque meu estômago já estava cheio de ansiedade e angustia para digerir. Não tomei o remédio de pouca importância agora, que o médico me fez prometer que eu não passaria da hora. Mas já tinha passado a hora. Tinha passado o tempo que achei insignificante. Tinha o passado erguido e o futuro destruído. O tempo passou antes da hora do remédio, antes do almoço esfriar, antes da musica tocar. Passou de mãos dadas contigo te fazendo sorrir, me fazendo lembrar que o passado é um deus que ninguém pode alcançar. Exceto se for junto com a saudade que está ali justamente para dizer não toda vez que você desejar voltar. O tempo passou meu bem. Levando meu almoço, minha musica, minha saúde, meu futuro. Levou você. E quando me dei conta disso fiquei paralisado, eu não sabia o que fazer.

sábado, 8 de junho de 2013

É para ser o oposto

Pensamentos meus; são capazes de tocar seu rosto, de sentir o gosto de teu beijo louco.  Sonhos meus; são capazes de sentir teus sussurros ao pé da orelha. Porém era para a realidade que eu sorria com desgosto, tudo era mentira, mas poxa, nem pra ser o oposto.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Eu perdi, você venceu. Uma rodada de honra e mérito pra você, uma garrafa de vinho pra mim. Perdi porque me perdi tentando arrumar um jeito da gente ficar. E agora aonde eu fui parar? Aonde está você? Estou certo de uma coisa, cansei. Só falta a gente brindar e eu dar os parabéns. Você mereceu.