sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Um dia a gente chega e se reconcilia com a vida, aceita os fatos. Porque não dá pra insistir em uma coisa que só destrói quando se já está em ruínas. Um dia a gente para, levanta e vai embora. Nos cansamos de esperar, nos cansamos da velha esperança, e da ilusão também. E eu me cansei disso tudo, me desculpe, sou um covarde, eu sei.

domingo, 8 de setembro de 2013

Há alguém entupido de sentimentos e ele não tem um desentupidor para se livrar de tudo.

Não era pra ser dramático, nem cômico. Era pra ser indiferente. E está sendo, certo?

Certo. Hoje sou indiferente. Não sou um "tanto faz", não sou um "me deixe em paz". Sou só um garoto que consegue escrever rimas bonitinhas, clichês sem graça, o que compartilha o WiFi de graça.

É pra rir mesmo, não tenho mais nenhum sentimento novo pra usar como motivo pra chorar. Os que tenho estão todos esfolados, velhos, porém nunca acabados. Estão amontoados em algum lugar aqui só fazendo a vida pesar. São meus vícios e eu já estou enjoado de todos.

Eu sou o que nunca vai conseguir passar de um amigo dispensável. Que nunca vai ter o número do seu celular, um segredo nosso pra guardar. Mas que com as palavras certas me tornaria memorável mais uma vez.

Mais uma vez?

Sim, isso mesmo. Eu fui sua maior decepção, eu fui dizendo que nunca mais iria voltar. Eu fui o retardado, covarde, imbecil que perdeu o controle da situação.

Você não precisa confirmar pra eu ter certeza. Eu vejo em seus olhos a verdade enquanto você se rodeia de mentiras. E você vê nos meus o quanto eu te quero e tem a coragem de me olhar com pena.

Tudo bem, você quer que eu conte tudo? Então vou contar. Chega num dia de domingo em casa, puxe a cadeira e cruze os braços. E venha logo, não tenho muito tempo, pois desta vez eu vou embora pra nunca mais voltar.





Ps: Você nunca lerá isso*. Eu realmente estou indo embora. (*) Se caso você ler apareça imediatamente e não num domingo; foi só uma sugestão. E sim, eu realmente contaria tudo. Absolutamente tudo.