quinta-feira, 29 de agosto de 2013

domingo, 11 de agosto de 2013

É domingo e ele chora, chora porque a solidão não lhe conforta como uma família reunida para o almoço. É domingo e ele canta, canta porque se lembra do passado que a casa vazia lhe traz pra fazer companhia. É domingo e o telefone não toca, não toca para não lhe dar a esperança de que quem liga possa ter uma necessidade dele que até ele ansiava. É domingo e o tempo não passa, não passa porque a tortura lhe sussurrava o tempo perdido, os sonhos que desistiu... Mas os sussurros parecem gritar, dava ênfase ao amor não vivido que hoje o céu parou pra chorar contigo, da alma que enfraquecia sempre que meu olhar te seguia, e que por dentro o coração se alterava como um cachorro esperando uma velha sentada na praça jogar de má vontade um pedacinho de alimento pra tentar continuar a viver, porque eu tento disfarçar óbvio e há tanto tempo eu insisto em dizer que eu não preciso de ti, não desta vez. Dos olhos que se enchem após o arrepio de medo ao perceber que pela manhã só o sol me acordará ao invés de você. Chega ser apavorante, porém relutante eu deixo como está, pois é domingo e ele não me erra. Mas dessa vez ele parou, pegou uma garrafa de vinho e pediu pra eu beber um pouco, sem intriga. Disse que é dia de relaxar, e quem sabe você bata na minha porta e venha tomar um gole comigo.